Todos os grupos de ‘ minorias’ dentro da sociedade brasileira já sofreram em algum momento, certo tipo de violência, intolerância ou discriminação. Neste artigo, em especial, o destaque para a comunidade lgbtt. A comunidade lgbt sofre com os diversos tipos de violência e opressão e esmagada pela voz ‘popular e maioritária’, se ofende, se humilha e se mata.
Porém havemos de ser sinceros. Retirando alguns grupos e alguns indívíduos, que se mobilizam e lutam pelas causas do todo, a comunidade lgbtt é bastante inerte. Sabemos que existe grande número de indivíduos neste grupo social, porém em marchas, votações, atividades, poucos se reuném. De um grupo social bastante notável, poucos se apresentam nas atividades pela causa, a não ser em ações de motivos recreativos. É uma mania de sofrer calado, de engulir cada ‘viado’, cada ‘baitola’ e não se rebelar. Abaixar a cabeça simplismente, como se fossemos um grupo social inferior. Meus caros, isto é estigma imposto pela sociedade. Nos tempos modernos fomos condenados aos guetos e chamados de inferiores, por aqueles que temiam nossa ascenção dentro da sociedade. Mas a ascenção já chegou. Já aconteceu há décadas. Não somos mais minorias. Talves nunca fomos minorias. A estigmatização imposta pela sociedade e pelos meios de secção e coersão social, tem implicado na mudez do grupo sexo diverso. Meios como mídias, colocaram durante tempos, e ainda colocam, em nossas cabeças que devemos consumir rosa. Que devemos prestar atenção somente em sexo e balada. Que devemos ser fúteis. A população enguliu calada e digeriu a informação, que passou a fazer parte do ser. Não se engane! Vocês não são nada disso! Tratasse apenas de uma herança maldita, das várias repressões, que repito, foram inseridas em nosso meio através daqueles que se sentiam intimidados com nossa ascenção como grupo social ativo. Por causa de nossa mudez, é que pessoas como pastores criminosos assumem hoje, cargos de respeito em orgãos públicos notáveis.
Uma coisa é mais que certa. A partir do momento que você aceita ser chamado de expressões jocosas e não se rebela, você compactua com isso e dá força aos movimentos repressores. Não se acomode! Agora é um momoento de ascenção social do país. Não fique mudo, achando que nada do que se apssa não diz respeito a você. Mostre que você também é cidadão e não seja mais chamado de viado atoa!
Meu nome é Lucas Magalhães e eu luto pelas causas sociais, inclusive pela lgbt.
Ousarei, com minhas poucas referências, fazer uma análise, dos eventos que estão ocorrendo no Brasil, fazendo uma ligação com a defesa dos direitos humanos. Entramos no período de maior eclosão da insatisfação e dos problemas brasileiros.
É visto que nunca se viu tamanha indignação no povo brasileiro, no que diz respeito ao caráter da sociedade política. Nunca se viu maior movimentação da população. Mas e a situação dos grupos de minoria? Devemos, antes de tudo, persistir nos objetivos da luta das minorias. A ação não deverá se acomodar. Feliciano não saiu, e Bolsonaro também não. E agora?
É nosso dever EXIGIR a justiça, perante ao desrespeito à constituição! Este deve ser o nosso foco! Montar frentes e se unir as que já existem!
A relevância das nossas pautas não deverá ser subestimada e muito menos sua militância. Antes de tudo, focar em nosso trabalho, seja em protesto ou em trabalhos oficiais. Exigir a equalização das bancadas e justiça à respeito das figuras públicas que ousam desafiar a ética e a constituição. Estamos jogando xadrez com o estado e pisando em ovos. É o momento aumentar nossa voz. Militantes e comunidade: ACORDEM! Venham fazer o seu trabalho! Os protestos por mais multifacetados que sejam, conseguiram produzir uma consciência política em parte da sociedade. Aproveitem isso! Vejam a verdade! As minorias estão cansadas de ser mortas por dentro e por fora. Saiam da comodidade! Comunidades negras, indígenas lgbtt’s e tanta outras, mostrem finalmente sua cara! Chega! Abram suas bocas e venham engrossar o movimento que toma na cara todas as vezes que vão trabalhar! Sempre correndo das barricadas erguidas. Mas É isso.
Trabalhar pela reforma social e política já!
Se unam!
Por Ana Vitória Sampaio. Texto originalmente publicado aqui
LGBTs, vadias e ativistas independentes na luta contra a liberdade de opressão!
O ano de 2013 ficou marcado como cenário de diversas lutas sociais, principalmente no embate contra o fundamentalismo religioso e o seu crescimento na política do país. Fomos derrotados em algumas frentes e vitoriosos em outras. Mas com certeza a chama do ativismo não se apagou. Desde que Marco Feliciano assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, diversos coletivos do DF e ativistas independentes tem marcado presença em protestos na Câmara Federal. Como os nossos atos são realizados quase que semanalmente (e estamos assim há meses!) é difícil manter o ritmo, a paciência e a organização. É difícil reunir uma multidão para encarar a trincheira toda semana, principalmente em uma quarta-feira a tarde, uma vez que a maioria dos ativistas trabalham e estudam.
Mesmo assim estamos cumprindo o nosso papel e incomodando muito os “machinhos do poder” que querem surrupiar a cidadania de LGBTs, mulheres, negros e demais minorias sociais. Se a luta é difícil, estressante e arriscada (afinal temos enfrentado não só os políticos que declararam guerra contra nós, mas também o seu séquito fiel que também tem marcado presença), podemos comprovar ao longo desses meses a força de vontade que nos rege.
Feliciano não saiu da presidência, mas em compensação a CDHM não aprovou um só projeto desde o dia em que virou um culto religioso. De certa forma isso mostra como a atual comissão está despreparada e enfraquecida, e é inviável que um espaço tão importante do Congresso Nacional continue assim.
Entretanto a nossa luta não se limita à CDHM. O fundamentalismo religioso, representado pela Bancada Evangélica, tem agido em outras comissões e projetos importantes. Na última quarta-feira (05/06) o Estatuto do Nascituro foi aprovado na Comissão de Finanças e Tributação. Tal projeto é um retrocesso aos (poucos) direitos reprodutivos das mulheres já
conquistados.
No mesmo dia o pastor Silas Malafaia levou cerca de 40.000 pessoas para a Esplanada dos Ministérios na realização da marcha em defesa da “liberdade de expressão” e da família tradicional. Obviamente que tal feito não seria privado de
críticas, e mais uma vez os ativistas brasilienses marcaram presença com seus cartazes, gritos de ordem e corpos pintados.
Com cerca de 200 participantes a contra-marcha saiu do Museu Nacional e deu a volta na Esplanada dos Ministérios, justamente onde Malafaia realizava a sua defesa pela liberdade de opressão e de ódio. Eu quase fui agredida por um evangélico quando ele tentou colocar a mão em mim para “repreender os demônios”. Como resposta mandei língua e ele ficou putíssimo! Veio para cima de mim para bater, o que prova que esses fundamentalistas são mesmo violentos e que de pacífica a marcha do Malafaia não tinha nada. Por sorte a polícia estava escoltando o nosso ato e impediu que eu fosse agredida. Aliás, não sou de elogiar a polícia, mas nesse dia ela esteve de parabéns.
Ao contrário dos evangélicos não temos dinheiro para contratar cantores famosos, fretar ônibus e montar toda uma estrutura na Esplanada em um dia útil, afinal, não recebemos dízimo nenhum. Seria muito fácil reunir uma multidão assim. Mas o pessoal que esteve na contra-marcha está de parabéns. Mesmo sabendo dos riscos que corríamos, conseguimos juntar 200 pessoas em um dia de semana para marcar presença na luta contra o ódio. E mais: sem ônibus e sem lanchinho! (quem são os manifestantes pagos, ein Malafaia?)
Os fundamentalistas podem até conquistar o que querem, mas não sem a nossa reação. Não iremos nos calar diante das anomalias políticas que estragam o país!Foto: Gabriela Pinheiro.